Pandemia do coronavírus e iniciativas para otimizar os trabalhos foram alguns dos temas abordados

Pandemia do coronavírus e iniciativas para otimizar os trabalhos foram alguns dos temas abordados

A Câmara Técnica de Logística, Suprimentos e Materiais (CTLSM) realizou, nesta quarta-feira (04), por videoconferência, reunião com a presença de 29 representantes das companhias estaduais de saneamento.

Na pauta, estiveram a alta nos preços dos materiais de prevenção à Covid-19, como máscaras, luvas e álcool, e outros itens muito solicitados para a logística de todas as associadas. “Agora, já houve uma melhora, mas os produtos chegaram a subir até 400%. É a famosa oferta e procura”, diz Omar de Carvalho Gomes Filho, recém-nomeado secretário da Câmara e Superintendente de Aquisição e Logística da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa).

Outro tema abordado foi o formato do teletrabalho nessa área que, por sua natureza, demanda a presença física de funcionários. “Hoje, sabemos que conseguimos entregar ótimos resultados mesmo com trabalho adaptado, planejando as entregas e recebimentos, evitando aglomeração”, avalia Kamila Brito, coordenadora da câmara e gerente de Suprimento e Logística da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern).

A reunião abordou, ainda, um banco de preços universalizado para que cada companhia possa incluir e compartilhar os valores adquiridos em suas contratações. “Esse sistema tornará possível a comparação dos preços das licitações entre os estados. Cada associada pode, por exemplo, checar o valor de uma compra realizada em outro lugar e, assim, tomar melhores decisões. É um ganho muito grande para todas as empresas”, acrescenta a coordenadora da câmara. O sistema está sendo implementado pela área de Tecnologia da Informação da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe). Outra novidade é o Almoxarifado Virtual, plataforma de gestão de estoque que está sendo implementada pela Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago). Todos os participantes tiveram a oportunidade de visualizar como funciona o processo e se existe a possibilidade de ser incluído nas demais empresas.

Crescimento

Para Kamila, outro ganho do trabalho da câmara foi a continuidade dos trabalhos desenvolvidos e o benchmarking. “Não visualizamos muitas mudanças de pessoas ao longo dos anos e isso é bom, pois faz com que o que o trabalho continue se desenvolvendo. Além disso, a análise das melhores práticas das empresas só traz benefício mútuo. Houve implantações na Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), que nós já usamos na área de qualidade. Outro exemplo são os convênios estabelecidos pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) com as associadas, para utilização das normas e qualificação. Isso tudo é importante”, resume.

Sobre o novo modelo de trabalho, ela acredita que o formato em home office tem sido um ganho pelo foco nas atividades. “Não acho que estamos trabalhando mais, mas, sim, melhor. Com foco e sem dispersão. Creio que esse momento de transformação, das reuniões e do trabalho veio para ficar e resulta em produtividade”, conclui.

A próxima reunião da câmara está prevista para acontecer em setembro. Entre as pautas a serem discutidas estão a formação de grupo para o acompanhamento do banco de preço e como as companhias estão lidando com as atas de registro.

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