Valor Econômico

12/09/2019 – 05:00
Por Camila Maia

Empresários da área de infraestrutura do país seguem confiantes na melhora dos resultados de suas empresas a partir de 2020, mas menos otimistas do que estavam em março, mostrou a recente rodada do Termômetro do GRI Club Infra, clube privado de atuação global focado nos mercados desse setor. Para 60,4% dos ouvidos, os resultados nos próximos 12 meses serão melhores. Em março, essa era a expectativa de 71,6% dos entrevistados.

A edição da pesquisa de setembro entrevistou 113 membros do clube, que reúne investidores e empresas dos principais segmentos de infraestrutura do país, como mobilidade urbana, energia, saneamento, aeroportos, rodovias e ferrovias, além de bancos, fundos, advogados e especialistas.

O clube, que é fechado, tem em seu conselho estratégico nomes como Andre Clark, presidente da Siemens, Guilherme Caixeta, vice-presidente sênior de infraestrutura do GIC, Leonardo Vianna, presidente da CCR, Teresa Vernaglia, presidente da BRK Ambiental e Marcos Almeida, diretor geral do braço de infraestrutura da Brookfield na América do Sul.

Na pesquisa de setembro, 36,9% dos entrevistados apontaram as expectativas dos próximos 12 meses como regulares. O percentual era de 24,1% em março. A fatia de investidores com expectativas ruins para o próximo ano caiu de 4,3% para 2,7% dos ouvidos.

O percentual de empresários reduzindo o nível dos negócios ou desinvestindo subiu de 5,2% para 9%. Ao mesmo tempo, o número dos que estão ampliando os seus negócios hoje subiu ligeiramente, de 50% para 51,4%. A queda se deu nos entrevistados que estão aguardando para tomar as decisões: de 44,8% em março para 39,6% em setembro.

A pesquisa também analisou quais os segmentos de infraestrutura oferecem as melhores oportunidades em termos de novas concessões ou parcerias público-privadas. Aeroportos lidera o ranking, seguidos por rodovias e saneamento. Os demais segmentos aparecem na ordem: iluminação pública, portos, mobilidade urbana, transmissão de energia, ferrovias, geração de energia e gás.

Em fusões e aquisições e consolidação, o preferido dos investidores é geração de energia. Saneamento e rodovias completam o ranking, seguindo, na ordem, por transmissão de energia, aeroportos, portos, gás, distribuição de energia, mobilidade e ferrovias.