Por Rodrigo Becker – DC
11/06/2019 19:25

A Câmara de Canoas se prepara para votar na quinta-feira o projeto de lei do governo que autoriza uma Parceria Público-Privada da Corsan para universalização do saneamento básico em toda a região. O projeto já caminha pelos corredores da Casa desde o ano passado mas somente agora se encaminha para o plenário.

“Vamos discutir a inclusão na pauta”, confirma o líder do governo, vereador Juares Hoy (PTB), mais cedo em conversa com a coluna.

Polêmica, a PPP é tida pela Oposição como o primeiro passo para a privatização da Corsan. A companhia, no entanto, aposta na medida como forma de transformar nove municípios da região metropolitana em canteiros de obras por onde passarão o saneamento de mais 1 milhão de pessoas. “Canoas tem hoje cerca de 27% de cobertura para coleta de esgoto. Com a PPP, em 11 anos, teremos quase 90%”, já disse o prefeito Luiz Carlos Busato (PTB), em mais de uma ocasião.

Votos

O projeto vem se arrastando há tanto tempo na Câmara por uma razão bastante simples, na verdade: faltam votos para sua aprovação. Por se tratar de uma medida de mexe em uma concessão pública, o projeto precisa de 14 votos favoráveis para ser aprovado. Até a semana passada, o governo só contava com o apoio de 12 vereadores – e isso formalmente, já que alguns ainda sinalizavam a possibilidade de se abster ou, quem sabe, votar contrariamente à medida.

Articulação

Há duas semanas, no entanto, o próprio prefeito reforçou o time da articulação que gira em torno do projeto. Em entrevista à coluna, disse que procuraria cada um dos vereadores para argumentar a favor da PPP – na visão dele, é a única saída para dotar a cidade de um tratamento de esgoto eficiente e, ainda, receber compensações da ordem de R$ 65 milhões do Fundo Compartilhado para investimentos em parques, praças e na complementação das cotas do dique no bairro Rio Branco.